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Por que a Artroscopia não é a Primeira Escolha para Tratar Lesão Degenerativa do Menisco

Este artigo destaca a recomendação do BMJ Open contra a artroscopia na maioria dos casos de doença degenerativa do joelho. A pesquisa conclui que a cirurgia artroscópica não é superior aos exercícios terapêuticos, sendo recomendada apenas para casos específicos.

A artroscopia é um procedimento cirúrgico que oferece o potencial para tratar diversas condições dentro das articulações, como a doença degenerativa do joelho[1][2]. Contudo, um estudo recente sugere uma direção contrária.

Baseado em extensivas revisões sistemáticas, pesquisadores emitiram uma forte recomendação contra a utilização da artroscopia em quase todos os pacientes com doença degenerativa do joelho[2]. Isto se aplica aos pacientes independentemente de eles apresentarem ou não osteoartrite evidenciada por imagens, sintomas mecânicos ou início súbito de sintomas.

Estas recomendações surgem de orientações publicadas no BMJ Open em 2017, onde pesquisadores realizaram uma revisão sistemática que incluiu 13 ensaios clínicos e um total de 1665 pacientes[2].

O estudo demonstrou que a cirurgia artroscópica não superou os exercícios terapêuticos. A única exceção seria para uma pequena parcela de pacientes com lesões degenerativas do menisco que são resistentes ao tratamento de fisioterapia adequado[2].

Os detalhes destas descobertas podem ser encontrados na revisão sistemática realizada por Brignardello-Petersen R, et al., e nas orientações propostas por Siemieniuk RAC RAC, et al., ambas publicadas no BMJ Open em 2017[2].

Estas conclusões certamente trazem implicações significativas para a forma como abordamos o tratamento da doença degenerativa do joelho. Ressalta-se a importância de considerar a abordagem terapêutica antes de optar pela cirurgia.

Em resumo, embora a artroscopia continue sendo um procedimento valioso para o tratamento de várias condições articulares, sua aplicabilidade na doença degenerativa do joelho pode precisar ser reavaliada à luz destas recentes descobertas. A melhor prática médica envolve a constante atualização e adaptação às últimas pesquisas, assegurando sempre o melhor atendimento possível aos pacientes.

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